Levantamento preliminar da prefeitura de Porto Alegre aponta que já chegou a R$ 30 milhões o prejuízo causado pela tempestade de 29 de janeiro. O montante contabiliza apenas danos em bens públicos municipais, como escolas, Ginásio Tesourinha, albergues, parques, semáforos, mobiliário urbano e horas extras de funcionários. Gastos do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) também foram computados.
- O dado preliminar é de R$ 30 milhões, mas o número definitivo, que só teremos ao final da recuperação da cidade, deverá ultrapassar os R$ 50 milhões - afirma o prefeito em exercício, Sebastião Melo.
A CEEE já havia anunciado prejuízo de R$ 3,5 milhões com a recomposição de 700 postes, 250 quilômetros de fios e cabos e duas mil chaves-fusíveis, que funcionam como disjuntores.
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Nenhum dos dois montantes considera perdas de bens de particulares: residências, carros, shoppings, postos de gasolina e hospitais, como o Instituto de Cardiologia, Mãe de Deus e Clínicas, foram alvo da fúria da tempestade e registram danos.
A intempérie, com ventos de 120 km/h, causou destruição em parte da Capital gaúcha e assustou os moradores. Estima-se que três mil árvores foram atingidas, sofrendo quedas totais ou parciais. Isso significa que 0,2% das 1,3 milhão de unidades plantadas de Porto Alegre tiveram danos. O Parque Marinha do Brasil ficou devastado e os bairros mais atingidos foram Menino Deus, Praia de Belas, Bom Fim, Petrópolis e Cidade Baixa.
Na última segunda-feira, a prefeitura decretou situação de emergência para facilitar as contratações - sem licitação - de motosserras, caminhões e reformas.