Número de famílias desalojadas pela chuva no RS chega a 110

O número de famílias desalojadas em função das chuvas - e consequentes alagamentos - no Rio Grande do Sul subiu para 110, conforme o último levantamento divulgado pela Defesa Civil, às 11h desta segunda-feira. No boletim anterior, a contagem era de 45 famílias. Moradores de cidades como São Sebastião do Caí, no Vale do Caí, e Lajeado, no Vale do Taquari, estão entre os mais afetados. Em Montenegro, a população atingida começava a sair de casa nesta manhã.

Desde o último domingo, 36 famílias foram levadas para o Centro Integrado Navegantes, em São Sebastião do Caí. São 72 adultos, 22 crianças, 12 cães, um gato e um canarinho que moram em áreas ribeirinhas do Rio Caí e viram a ameaça bater à porta de casa. Nesta segunda, no entanto, a perspectiva é mais reconfortante: de acordo com o coordenador da Defesa Civil no município, Pedro Griebler, o nível do rio baixou de 12,4 metros (às 5h) para 12,25 metros (às 11h).

- E tenho certeza de que vai baixar mais, porque estamos acompanhando a situação em Feliz, onde o nível já reduziu bastante. A perspectiva também é de chover menos na Serra, onde fica a nascente do rio, em São Francisco de Paula - afirma Griebler.

Chuva, temporal e granizo: confira a previsão do tempo para a semana

Em Taquari, 15 famílias deixaram suas casas - quatro delas tiveram de ser encaminhadas para abrigos montados pela prefeitura. A perspectiva é de que o Rio Taquari, que já está 8 metros acima do seu nível normal, suba mais 40 centímetros nas próximas 12 horas. O número de famílias desabrigadas, no entanto, não deve aumentar muito, estima a Defesa Civil do município.

A situação - que também se repete em Tupanci do Sul,  São José do Ouro, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul, Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul - ocorre devido à chuvarada que não dá trégua desde terça passada. Em municípios da metade norte do Estado, os acumulados de chuva na última semana já superaram ou se aproximam das médias previstas para todo o mês. Em Bento Gonçalves, por exemplo, choveu em sete dias o esperado para todo setembro: 170 mm. Na última semana, em Porto Alegre, o acumulado de chuva chegou a quase 70% do previsto para o mês.

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Para os próximos dias, a previsão é de menos instabilidade nessas regiões. A chuvarada, com temporal e possibilidade de granizo, é esperada para a Campanha e o sul do Estado, em municípios como Pelotas, Rio Grande e Bagé. Na Serra e no Norte, a partir de quarta-feira, os termômetros podem marcar até 35°C - mas logo o tempo muda de novo, trazendo mais nebulosidade.

Conforme o ClimaTempo, o que explica a instabilidade concentrada no Estado é a presença de um bloqueio atmosférico sobre o sudeste do Brasil - que impede que a frente fria, alimentada pela entrada de umidade oriunda do centro do país e pelas temperaturas elevadas, deixe o Rio Grande do Sul.

* Zero Hora