A Unibom Indústria de Alimentos Ltda, empresa com sede em Água Santa para onde era levado o leite adulterado nos Campos de Cima da Serra, emitiu nota oficial nesta quinta-feira negando participação no esquema. No texto, a Unibom diz que não está envolvida na fraude que, segundo o texto, se referiria a um transportador terceirizado. A nota diz que a empresa "adota todos os critérios e procedimentos recomendados pelo Ministério de Agricultura e Abastecimento para análise e descarga de leite na unidade" e que "nenhuma carga fora dos padrões de análise em seu laboratório é recebida".
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Investigações apontam que os envolvidos no esquema de adulteração de leite nos Campos de Cima da Serra usavam código para tentar ludibriar o trabalho do Ministério Público (MP). Segundo gravações telefônicas obtidas com autorização da Justiça, o empresário Márcio Fachinello, preso preventivamente na manhã desta quinta-feira, é suspeito de orientar os motoristas a colocar bicarbonato de sódio no leite coletado de produtores de Esmeralda e cidades da região. Com essa mistura, o produto vencido aparentava ser bom para o consumo.
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A empresa de Fachinello operava com três motoristas e quatro caminhões. Em média, o grupo coletava diariamente 40 mil litros de leite. Como boa parte do produto seria impróprio para o consumo, os funcionários e o patrão estariam adicionando o bicarbonato e sal para mascarar a deterioração. Além de Fachinello, a Justiça ordenou a prisão de três funcionários dele.
Operação Leite Compen$ado
Em nota, empresa para onde era levado o leite adulterado nos Campos de Cima da Serra nega envolvimento
Operação desencadeada nesta quinta-feira resultou em quatro pessoas presas
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