Para os moradores das ruas Barros Cassal e Borges de Medeiros, o atropelamento de Claudir Lazzari, 46, neste domingo Flores da Cunha, foi o ápice de uma série de problemas que os moradores enfrentam há dois anos. Lazzari está no Hospital da Unimed. A instituição não divulgou o estado de saúde dele.
Segundo os moradores, em noites quentes, de quinta a domingo, a região é tomada por homens, mulheres e até adolescentes que se reúnem para consumir bebidas alcoólicas. Na Rua Borges de Medeiros, há um pub e um posto de combustível. Porém, nem todos são frequentadores do sestabelecimentos.
- Eles estacionam os carros na Borges, trazem bebida e cadeiras e sentam na rua. Abrem as portas ou levantam o capô e ficam ali, bebendo e escutando música. Esse atropelamento foi a gota d'água - revela um morador.
Os relatos vão além: a concentração começa por volta das 21h e só termina de madrugada. Além do som alto, os frequentadores gritam e às vezes discutem e brigam entre si. Quando um morador reclama e pede para que se diminua o volume do som, é xingado.
- No dia seguinte a rua amanhece suja, com sinais de vômitos. Nós (os moradores) já fizemos fotos e vídeos. Uma vez, um vizinho estava filmando a algazarra, eles atiraram uma garrafa nele.
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Há alguns meses, alguns moradores e lojistas reuniram-se com autoridades da prefeitura, Brigada Militar, Ministério Público e Polícia Civil, pedindo providências.
Em frente ao pub, uma placa de proibição de som automotivo foi instalada e, na esquina da Borges com a Júlio de Castilhos, a administração municipal se comprometeu em melhorar a iluminação e podar árvores para que a câmera de monitoramento captasse imagens com mais nitidez. Não foi suficiente para impedir a ação dos baderneiros.
- O que queríamos era um monitoramento mais constante da Brigada Militar, que circulasse mais pela rua nesse período - alega o morador.
Serra Gaúcha
"Esse atropelamento foi a gota d'água", diz morador sobre baderna no Centro de Flores da Cunha
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