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O estado americano da Carolina do Sul retirou de sua câmara de representantes, nesta sexta-feira, a controversa bandeira confederada, emblema dos soldados do sul durante a Guerra da Secessão e símbolo de racismo para muitos americanos.
A medida se destina a promover a reconciliação, após um ataque no mês passado contra uma importante igreja para a comunidade negra, cometido por um supremacista branco.
"O gesto é um sinal de boa vontade e de cicatrização (das feridas) e uma etapa decisiva para um futuro melhor", afirmou o presidente Barack Obama em seu Twitter.
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Em votação na madrugada de quinta-feira, após uma longa noite de debates, a câmara de representantes seguiu a decisão do Senado, concordando por ampla maioria em remover a bandeira de batalha confederada.
Por décadas, a bandeira teve um lugar de destaque na frente do edifício da legislatura. A medida foi aprovada por 94 votos a favor e 20 contra - muito mais do que os dois terços necessários para a aprovação final.
Na noite anterior, a republicana Jenny Horne havia feito um discurso emocionado e apelou pela retirada do "símbolo de ódio".
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- Não posso acreditar que, nessa Assembleia, não teremos a coragem de fazer algo significativo e suprimir, nesta sexta-feira, este símbolo de ódio - disse Horne, à beira das lágrimas.
O mesmo projeto passou pelo Senado estadual na segunda-feira, com uma votação de 37 a três. O texto seguiu para a mesa da governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, que ratificou a legislação.
- Amanhã pela manhã (sexta-feira), às 10h (hora local), veremos a bandeira confederada ser retirada - declarou a governadora antes da assinatura da resolução.
- Vamos retirá-la com dignidade e fazer com que seja colocada em um lugar indicado - declarou Haley na cerimônia de ratificação, cercada de familiares das vítimas, na capital do estado.
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Agora, a bandeira deve ser transferida para um museu próximo à sede legislativa, dedicado à história do Sul.
Do lado de fora do prédio legislativo, policiais puseram barreiras ao redor da bandeira na quinta-feira. Até recentemente, a retirada deste símbolo era impensável nesse estado considerado o berço da Confederação. O pavilhão está há 15 anos ao lado de um monumento que recorda a Guerra de Secessão (1861-1865), nos jardins do Parlamento de Colúmbia, a capital do estado.
Haley havia feito um apelo fervoroso para os legisladores aprovarem a medida após o assassinato de nove afro-americanos em 17 de junho na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston.
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"Este é um novo dia para a Carolina do Sul, um dia do qual devemos nos orgulhar, que reúne todos nós, enquanto tentamos nos recuperar do massacre de 17 de junho em Charleston", escreveu Haley em sua página do Facebook.
A retirada da bandeira tem sido um assunto polêmico nos Estados Unidos desde o massacre, seja na política, na sociedade ou na economia, com vários distribuidores optando por não comercializar mais produtos com o emblema.
- Remover este símbolo do passado racista da nossa nação é um grande passo no sentido da igualdade e dos direitos civis na América - reagiu nesta quinta-feira Hillary Clinton, pré-candidata democrata à Casa Branca.
Muitos parlamentares locais também comemoraram o resultado da votação.