Patrono da Feira do Livro de Caxias do Sul em 2007, Paulo Ribeiro viveu, 11 anos antes, um dos piores momentos da sua carreira como escritor. Na feira de 1996, ele lançaria a obra Iberê, um romance reportagem que conta a história do artista Iberê Camargo. Mas o livro não ficou pronto a tempo e Paulo teve de encarar a frustração de uma sessão de autógrafos cancelada.
"Era uma sábado à tarde, 16h o lançamento. A Feira do Livro sem lona, eram ainda as carteiras escolares no meio da praça, para a gente autografar nelas, aquelas barraquinhas de madeira, simples. Lembro que deu 15h, deu 15h30min, 15h45min, 16h e o livro não chegou. A editora não aprontou o livro. Aí, eu senti uma sensação que poucos escritores passaram pela vida que é ter uma fila na tua frente, esperando para ter o livro autografado e tu não ter o livro. Foi uma experiência muito forte para mim", recorda.
O livro foi entregue dias depois e o lançamento foi realizado na Livraria do Maneco. Para compensar a tristeza daquele dia, Iberê foi finalista do prêmio Açorianos de Literatura. "Não ganhei, mas valeu a gastrite", brinca Paulo.
Gaúcha
O dia em que todo mundo apareceu na Feira de Caxias, menos o livro
Sessão de autógrafos do escritor Paulo Ribeiro foi cancelada porque editora não entregou exemplares no prazo
Juliana Bevilaqua
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