O problema do enterro de animais mobiliza, pelo menos três secretarias em Porto Alegre. A discussão começou há um ano junto a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) devido ao grande número de animais mortos em vias públicas, principalmente cavalos, usados no transporte de carga.
Por esse motivo, a Secretaria Especial de Direitos Animais (SEDA) pediu um estudo de viabilidade à Secretaria do Meio Ambiente para que se identifiquem áreas onde seja possível enterrar os bichos. Conforme a titular da SEDA, Regina Becker, uma área já foi vistoriada pela prefeitura e aguarda apenas um parecer do Ministério Público.
- A prefeitura aguarda um parecer relativo a uma área que encontramos na região mais central da cidade. É uma antiga pedreira, desativada, que deixou um grande buraco. Alí seriam colocados, restos orgânicos de plantas e animais - diz Regina.
Saiba Mais:
Mais de 50 cães são encontrados em depósito irregular no Centro de Porto Alegre
Secretária Especial dos Direitos Animais diz que agressões a cães são frequentes
A secretária, no entanto, adianta que a Secretaria do Meio Ambiente já alertou para a impossibilidade do cemitério de animais. Não há espaço para um local desse porte na capital e o ideal seria um crematório.
O problema, segundo um levantamento preliminar da SEDA, é o custo para a instalação dos equipamentos para a cremação. Atualmente existe apenas uma empresa capaz de fazer o trabalho em Porto Alegre, o que dificulta o processo de licitação, já que pode gerar direcionamento na concorrência.
O estudo sobre a criação de um cemitério para animais em Porto Alegre ainda não tem data para ficar pronto, já que depende de um parecer da EPTC e Secretaria Municipal do Meio Ambiente.Após isso, ainda precisa de uma avaliação do Ministério Público. Por enquanto, a alternativa é cremar os animais de estimação de forma particular, o que pode custar até R$ 1.000,00. Os animais encontrados mortos em via pública são levados ao aterro sanitário de Minas do Leão.