O projeto de colar adesivos com as linhas de ônibus que passam nas paradas da Capital está sendo revisto pela Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Idealizada pelo coletivo Shoot the Shit, a adesivagem empacou no vandalismo e pode ser abandonada pelo órgão de trânsito.
A EPTC começou a colar os adesivos em julho. Foram contemplados 34 abrigos de ônibus da Avenida Cristóvão Colombo, e as próximas vias atendidas seriam a Benjamin Constant e a Erico Verissimo. Antes da expansão, a EPTC verificou que somente oito pontos da Cristóvão não tinham sido vandalizados. Por isso, a EPTC decidiu reavaliar o projeto.
- Estamos aguardando o resultado da avaliação, que definirá se vale ampliar o projeto - disse o diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari.
Integrantes do Shoot the Shit têm se reunido com representantes do órgão de trânsito para conversar sobre a adesivagem. Segundo Gabriel Medeiros Gomes, a EPTC informara anteriormente que ampliaria o projeto. Gomes considera que colar os adesivos em somente uma avenida é insuficiente para embasar a desistência da ideia.
- Deixamos bem claro que devem colocar mais adesivos. É ingenuidade crer que ninguém vai arrancá-los ou pichá-los. Esse projeto já conta com um valor para isso - afirmou.
Histórico do projeto
- O grupo Shoot the Shit deu início a adesivagens próprias em fevereiro deste ano, com material em branco para que os usuários anotassem ali as linhas que passavam pelo local, sob o título "Que ônibus passa aqui?" O projeto teve repercussão na internet
- Ao saber das adesivagens, a EPTC as considerou irregulares, e comparou-as a "depredação" e dano ao patrimônio da cidade, o que poderia submeter os autores da ação à mesma legislação que enquadra os pichadores
- Um dia depois da crítica à ideia, a prefeitura anunciou que a encamparia, mas produziria seus próprios adesivos para dar-lhes um caráter oficial
- Em julho, os primeiros adesivos foram colados
- Passados mais de quatro meses, paradas de somente uma avenida receberam o material
- Ao constatar que os adesivos são vandalizados, a EPTC avalia se ampliará ou abandonará o projeto