Propostas para serviço de aluguel de bikes na Capital integram bicicletas e ônibus

Bicicletas feitas de materiais recicláveis, como garrafas PET, e pagamento via cartão TRI, utilizado nos ônibus, estão entre as características dos projetos entregues na terça-feira à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) para o serviço de aluguel de bikes em Porto Alegre. Cinco empresas apresentaram propostas, e o resultado da concorrência sairá em 15 dias.

Investir em materiais recicláveis e energia alternativa norteou boa parte dos projetos. Uma empresa garante que trocará crédito de uso do serviço por garrafas PET - 200 unidades servem para construir um quadro, que é a parte central da bicicleta -, outra informa que suas estações funcionarão com energia solar.

Os preços sugeridos pelas concorrentes variam de R$ 3 a R$ 5 por meia hora de uso. Os passes para usar o serviço serão diários, mensais ou anuais. Além do cartão TRI, será possível pagar com cartão de crédito.

De acordo com o gerente de Projetos da EPTC, Antônio Vigna, a empresa vencedora administrará o serviço por um ano, em caráter de teste. O contrato poderá ser prorrogado por mais 24 meses. Depois disso, deverá ser aberta licitação.

O objetivo da EPTC com o aluguel é dar mais uma opção de transporte público à população ainda este ano. O usuário poderá pegar a bicicleta em um ponto e devolver em outro.

O receio de um ciclista presente ao evento de ontem, porém, é que, sem uma rede de ciclovias pronta (há 10 quilômetros em trechos sem ligação), será perigoso circular em meio aos veículos, conduzidos por motoristas desacostumados em dividir espaço com bicicletas.

EPTC criará ciclofaixas no Centro Histórico

Diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari disse que o comportamento do motorista não pode impedir o andamento do projeto:

- Não podemos fazer um projeto de bicicleta pública para meio de transporte somente para ciclovias. A bicicleta deve ser usada onde não tem ciclovia. Não podemos desistir por causa de uma barreira comportamental.

A EPTC prevê a criação de ciclofaixas no Centro Histórico. Estudos ainda deverão confirmar a localização das ciclofaixas. Uma possibilidade citada por Cappellari é a Rua Siqueira Campos.