Frederico Guilherme Stein, um dos maiores contribuintes da cultura de Erechim, no norte do Estado, morreu na madrugada de sábado, aos 82 anos. Ele estava internado há 12 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital da cidade por complicações decorridas de um infarto.
Willy Stein, como era conhecido pelos amigos, chegou em Erechim com 15 anos. Ficou conhecido desde a adolescência por construir os seus próprios brinquedos. Com galhos de árvore ele esculpia bonecos e instrumentos musicais. Trabalho que, na vida adulta, o transformou em um dos principais escultores de Erechim. As grandes obras da cidade, como crucifixos de igrejas e quadros que retratam a Santa Ceia, têm a sua assinatura.
Apaixonado por música clássica, Stein fez parte da Orquestra de Concertos de Erechim - como músico e também como criador dos instrumentos. Ele consertava e fabricava violinos e violoncelos. Por volta de 1950, começou a consertar também câmeras fotográficas, trabalho que deu início a uma nova paixão. Stein deixa um acervo com cerca de 300 equipamentos, o mais antigo é de 1897.
Como também gostava de fotografar e colecionar fotografias, Willy Stein havia terminado há poucos meses um álbum particular sobre a história de Erechim. É um único exemplar que reúne 400 fotos entre os anos de 1918 a 2008. Na sua residência há também um acervo com mais de mil fotografias em vidro. Segundo os amigos, Stein costumava dizer que a sua casa era o museu que não existia na cidade de Erechim.
Viúvo e sem filhos, ele deixa três irmãos e uma sobrinha. A família pretende abrir as portas da residência de Stein para visitação e transformar o acervo de mais de três mil peças no primeiro museu da cidade. O álbum de fotos recém-montado deve virar livro da história de Erechim.
Adeus a um artista
Morre em Erechim o escultor, músico e colecionador Frederico Guilherme Stein
Willy Stein, como era conhecido na cidade, morreu aos 82 anos. Ele deixa um acervo histórico de mais de três mil peças
GZH faz parte do The Trust Project