Cerca de 120 funcionários do setor metalúrgico de uma empresa terceirizada que presta serviços para o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) paralisaram as atividades nesta terça-feira em Rio Grande, no sul do Estado. Eles alegam que não recebem salários há mais de 40 dias e estão com documentação retida.
Contratados pela empresa Samam, de Cubatão-SP, os trabalhadores estavam encontrando dificuldades para dialogar com a empresa. Por estar localizada em outro estado, a matriz alegava que as negociações deveriam ser feitas com o sindicato paulista e não com o gaúcho. Assim, foi necessária a intervenção da Petrobras para ocorrer as conversas.
Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande, Benito Gonçalves, a empresa se comprometeu a depositar a íntegra dos salários e benefícios atrasados até sexta-feira. A média dos vencimentos mensais dos trabalhadores gira em torno de R$ 1,8 mil. Praticamente todos moram em um hotel no centro da cidade, onde antes funcionava um hospital.
O Estaleiro Atlântico Sul é o responsável pela construção do casco da plataforma P-55. A estrutura foi feita em Pernambuco e está no polo naval de Rio Grande, sendo finalizada. Cerca de 200 funcionários estão no sul do Estado.
Greve
Funcionários de empresa terceirizada do Estaleiro Atlântico Sul paralisam atividades em Rio Grande
Trabalhadores afirmam que não recebem há 40 dias. Empresa prometeu resolver situação até sexta-feira
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