Após as conquistas das medalhas de prata e bronze nos Jogos de Paris, com Tatiana Weston-Webb e Gabriel Medina, o surfe brasileiro cai na água nesta sexta (6) em busca de mais títulos. Tati e o campeão olímpico de Tóquio-2020, Ítalo Ferreira, disputam as finais da World Surf League (WSL), em Lower Trestles, Califórnia.
A janela de competição vai até o dia 14, mas dependendo das condições climáticas todas as baterias podem ser disputadas em um mesmo dia.
No masculino, o Brasil pode chegar ao oitavo título em 10 edições. Já no feminino esta pode ser a primeira conquista. Entre os homens uma invencibilidade estará em jogo.
Desde que a WSL adotou o formato Finals para definir o campeão mundial, só os brasileiros venceram no masculino. Em 2021, o troféu ficou com Medina. Já em 2022 e em 2023, o vencedor foi Filipe Toledo. Neste sistema de disputas, os cinco melhores surfistas do ranking do circuito mundial na temporada se classificam para brigar pelo título.
Única representante feminina do Brasil na elite da WSL, Tati volta ao Finals após dois anos. A vaga veio após vitória sobre a australiana Tyler Wright na semifinal da etapa de Fiji. A gaúcha terminou como vice e foi beneficiada pela eliminação da francesa Johanne Defay nas quartas de final.
A temporada de Tati tem sido altamente positiva. Em maio, em Teahupo'o, ela garantiu um nota 10 nas quartas de final. Pouco depois, mais uma vez no Taiti, ela ganhou a primeira medalha olímpica feminina do Brasil na modalidade.
— Estou em um momento bom. Tenho bastante confiança. Estou me sentindo leve, super bem, minhas pranchas estão ótimas e gostando muito do meu surfe. É encaixar no dia e tomar boas decisões nas baterias. Sei que serão várias baterias para chegar no final, mas acho que tudo é possível, até porque a Stephanie Gilmore conseguiu fazer uma vez, então, por que não eu? — projeta a atleta nascida em Porto Alegre, mas que se mudou para o Havaí aos dois anos.
Tatian Weston-Webb vai estrear contra a australiana Molly Picklum e quem vencer enfrentará a costa-riquenha Brisa Hennessy nas quartas de final, que definirá a adversária da americana Caroline Marks na semifinal. Líder da temporada, Caitlin Simmers, também dos Estados Unidos, aguarda sua rival da decisão.
Ítalo Ferreira, quinto colocado, enfrenta o quarto, Ethan Ewing, em uma bateria simples. Quem avançar pega Jack Robinson, o terceiro. Depois, quem passar terá pela frente Griffin Colapinto, o segundo. Quem ainda estiver na disputa terá pela frente, na decisão, John John Florence, o primeiro colocado de toda a temporada.
— É o que meu pai fala: "se deixar chegar, vão ter que aguentar" porque eu vou com tudo. Boto todas as minhas fichas no jogo. É o que vai acontecer agora, tenho que bater um por um. Hoje eu consigo disputar de igual para igual em qualquer condição e isso é bom porque entro para um seleto grupo que pode vencer em qualquer lugar e em qualquer tipo de onda — afirma Ítalo Ferreira.