Em decorrência da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados no futebol brasileiro, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) cumpriu mandado de busca e apreensão contra o zagueiro Victor Ramos, da Chapecoense. Ele prestou depoimento e teve o seu celular apreendido pela investigação.
Ao site ND Mais, o empresário do jogador afirmou que o atleta nunca teve participação em operações de apostas esportivas e manipulações de resultados.
A Chapecoense, clube que o zagueiro defende, emitiu nota sobre o assunto.
"A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade", escreveu o time de Santa Catarina.
Relembre o caso
O Ministério Público de Goiás deflagrou no começo de fevereiro uma operação chamada "Penalidade Máxima", para investigar um grupo especializado em fraudar resultados de jogos. Segundo a investigação, algumas partidas da Série B do Brasileirão do ano passado estariam envolvidas no esquema. Além disso, o fato teria a participação de jogadores de futebol profissionais.
Conforme o MP-GO, o esquema teria impactado em pelo menos três confrontos da Segunda Divisão da temporada passada e teria envolvido um montante de mais de R$ 600 mil.
Conforme a investigação, o grupo convencia atletas a manipular resultados nas partidas por meio de ações indiretas, como fazer pênalti no primeiro tempo dos jogos. O pagamento era feito com parte dos prêmios de apostas feitas.
Velho conhecido
Em 2017, o Inter acionou o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte) para tentar escapar do rebaixamento. O clube alegou que Victor Ramos, que jogava no Vitória na época, estava com a inscrição irregular no Brasileirão. Porém, o caso foi encerrado sem parecer favorável ao clube gaúcho.