A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) assinou nesta terça-feira (11) um acordo com a Allegra, concessionária responsável pela administração do Pacaembu, um termo de intenções para o uso da piscina olímpica do complexo. A expectativa é de que, após as obras, a estrutura receba competições estaduais e nacionais de natação, nado artístico e polo aquático.
Há ainda a previsão de parceria para recuperação de atletas da seleção brasileira no centro de medicina esportiva que existirá dentro do edifício multifuncional em fase de construção.
— Seguimos buscando parcerias com confederações dos mais diversos esportes para que o Pacaembu seja cada vez mais plural. Estamos honrados em firmar mais um acordo visando o incentivo ao esporte — explica Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu.
A CBDA também pretende utilizar a piscina do Pacaembu para realizar projetos sociais via Lei de Incentivo ao Esporte, a exemplo do que já fazem em outros estados brasileiros. Em março desse ano, a CBDA e a Federação Aquática Capixaba (FAC) lançaram, em parceria, o projeto social Todos Pela Natação: Só Para Elas. A iniciativa é gratuita, focada na prevenção ao afogamento e destinada a meninas a partir dos seis anos. A ideia é que, com a estrutura do Pacaembu disponível, a entidade possa replicar esse modelo de ação no Estado de São Paulo.
— O termo de parceria é muito bom para a CBDA e, consequentemente, para os atletas e praticantes das modalidades aquáticas no Brasil. Será mais uma piscina que poderemos usar para competições, eventos e projetos, no coração da maior cidade da América Latina — disse Renato Cordani, vice-presidente da CBD.
É a segunda parceria do tipo acertada pela Allegra Pacaembu. Na semana passada, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) assinou um termo de intenções que prevê o uso da pista de atletismo, que será novamente instalada no complexo, por atletas desde o nível estudantil, passando por categorias de base, até o profissional. Além disso, há a previsão de parceria para recuperação de atletas no centro de medicina esportiva do Hospital Albert Einstein, que ficará no edifício multifuncional dentro do Pacaembu.
O Pacaembu foi concedido à iniciativa privada no fim de 2019. As obras de reforma, modernização e restauro começaram na metade de 2021. A previsão é de que o tradicional estádio paulistano seja reinaugurado no fim de janeiro do ano que vem.
A concessionária Allegra assinou o contrato com a Prefeitura de São Paulo para administrar o Pacaembu em setembro de 2019 e começou a operar o complexo em janeiro do ano seguinte. Com o investimento de R$ 500 milhões - além do pagamento de R$ 111 milhões pelo direito de gerir o local por 35 anos.