Três visitas, duas derrotas e um empate buscado no fim contra o Fortaleza. Apenas um gol marcado. O São Paulo de Rogério Ceni ainda não desencantou longe do Morumbi e, a dois pontos da zona de rebaixamento do Brasileirão, terá de desencantar em visita ao Palmeiras. Mas, bem antes de armar um time para ganhar no Allianz Parque, quarta-feira, o treinador terá de encontrar um jeito de parar o ataque palmeirense, com média acima de dois gols nos últimos sete jogos.
Depois da surra por 4 a 0 sofrida pelo Flamengo, o técnico terá pela frente mais um oponente com ataque poderoso e de extrema mobilidade para frear. Diante dos cariocas, admitiu que o jogo acabou com 10 minutos após dois gols e uma expulsão. Agora, tentará se redimir do vexame caseiro para iniciar a volta por cima na reta final do Brasileirão.
Dudu está suspenso, mas mesmo assim não diminui a força do Palmeiras, que fez 15 gols nos últimos sete jogos. O astro só desencantou no domingo, portanto, a artilharia pesada deve jogar. Ceni queria ver o comportamento do time com linha de quatro atrás e pode repetir o esquema na próxima rodada. Contra o Flamengo o esquema ruiu pelo gol com 24 segundos. Cobrando atenção desde o início, ele crê em reabilitação no clássico.
— Vai ter sofrimento, mas temos de fazer (um resultado positivo) de uma maneira ou outra. Uma vitória (no clássico) nos ajudaria muito, pois depois teremos confrontos diretos — prega o treinador, que tentou jogar com Diego na lateral-direita e não deu sorte contra o Flamengo.
Com a expulsão de Calleri, Ceni deve usar Luciano e Rigoni no Allianz Parque e apostar em um meio reforçado para tentar roubar a bola e surpreender nos contragolpes. Com força atrás, ele acredita que seu setor ofensivo, entre os piores, pode desencantar e decidir.