O lance polêmico que marcou o dia na Divisão de Acesso teve uma explicação dos protagonistas. O pênalti (não) cobrado por Thiago Saraçol, do São Borja, foi, na verdade, uma confusão entre os envolvidos na cobrança.
Logo no início da partida entre São Borja e Passo Fundo, no Estádio Vicente Goulart, o árbitro Thiago Rodrigues marcou um pênalti para o time da casa. Thiago Saraçol correu, mas, na hora de cobrar, pulou sobre a bola e passou reto. Diversos jogadores avançaram, e o jogador chutou a bola para o gol. O juiz anulou o lance e marcou tiro livre indireto em favor dos visitantes.
Thiago Saraçol explicou:
— Na hora em que corri para a bola, escutei alguém gritar: "Parou! Parou! Parou!", logo depois do apito. No primeiro momento, achei que tinha sido o árbitro, mas depois me falaram que foi um jogador deles que agiu na ma-fé, Não tinha tocado na bola, chutei depois que todos estavam dentro da área. O árbitro me deu cartão e anulou o gol, mesmo tendo ouvido tudo o que ocorreu.
O árbitro confirmou os fatos e deu sua versão:
— Alguns segundos após soar o apito, ouvi o grito: "Parou! Parou!". Só que não consegui identificar quem gritou, poderia ser um atleta adversário ou companheiro, ou até mesmo um torcedor. Mesmo assim, o batedor se dirigiu à bola, passando por ela e retornou e cobrou. Só o árbitro poderia ter paralisado a partida, e com o sinal do apito, não a gritos. Sendo assim, caracterizei uma atitude antidesportiva.