A Fifa planeja acabar com a Copa das Confederações e formatar um novo Mundial de Clubes para servir como torneio-teste um ano antes da Copa do Mundo. O formato indica um torneio com 24 clubes um ano antes da Copa no mesmo país-sede — mas em 2021, pela dificuldade em fazer jogos no verão do Hemisfério Norte no Catar, o torneio poderia ser deslocado para a China.
O torneio teria 12 participantes da Europa, cinco sul-americanos, um time da Oceania e dois clubes de cada uma das demais zonas continentais — Ásia, África e Concacaf (Américas do Norte, Central e Caribe).
As vagas da Conmebol seriam ocupadas pelos quatro últimos campeões da Libertadores (2017, 2018, 2019 e 2020), além de um time pelo ranking da entidade. Com isso, o Grêmio já tem vaga assegurada caso o torneio saia do papel — já que o campeão da Libertadores de 2021 ainda não terá sido definido no meio do ano.
O ponto de incerteza é em relação ao número de europeus. O plano inicial aponta para 12 representantes da Uefa (quatro últimos campões e quatro últimos vice-campeões da Liga dos Campeões, além de quatro clubes por ranking), mas a Conmebol exige um emparelhamento, pois teme um domínio ainda maior do Velho Continente.
O torneio terá oito grupos de três clubes. O primeiro colocado de cada chave avança para as quartas de final — quartas, semifinais e final seriam disputadas em jogos únicos. Assim, um time precisaria disputar cinco jogos para chegar ao título.
Uefa e Conmebol ainda negociam torneios anuais — o campeão da Libertadores e o campeão da Liga dos Campeões se enfrentariam no formato da antiga Copa Intercontinental, enquanto o campeão da Sul-Americana e o campeão da Liga Europa jogariam no formato da atual Supercopa Euroamericana.
Novo modelo de Mundial de Clubes proposto pela Fifa
Frequência: de quatro em quatro anos
Sede: mesma da Copa do Mundo do ano seguinte (em 2021, a China pode receber o torneio de maneira excepcional)
Formato: Oito grupos de três equipes. O campeão de cada grupo avança às quartas de final. Depois, mata-mata em jogos únicos.
24 participantes
Conmebol (5 vagas)
4 campeões da Libertadores
1 por ranking da entidade
Uefa (12 vagas)
4 campeões da Liga dos Campeões
4 vice-campeões da Liga dos Campeões
4 por ranking da entidade
CAF (2 vagas)
AFC (2 vagas)
Concacaf (2 vagas)
OFC (1 vaga)
Formatos anteriores
A Fifa tem buscado o formato ideal para o Mundial de Clubes desde que decidiu organizar o torneio por conta própria, em 2000. O primeiro campeonato foi no Brasil, com dois grupos de quatro equipes. Participaram os seis campeões continentais — o Vasco foi como campeão da Libertadores de 1998, já que o plano era que o campeão de 1999, o Palmeiras, jogasse a edição de 2001. Para completar os participantes, jogaram o campeão do país-sede (Corinthians) e um convidado (Real Madrid). O Corinthians terminou como campeão ao vencer o Vasco na final.
Em 2001, haveria um torneio com 12 clubes na Espanha. Seriam dois sul-americanos — Palmeiras e Boca Juniors, campeões da Libertadores em 1999 e 2000. No entanto, a falência da ISL — principal financiadora do torneio à época — forçou o cancelamento da edição.
A Fifa desistiu provisoriamente de organizar o Mundial, algo que só voltaria a fazer em 2005. Desta vez, contudo, apenas expandiu o formato consagrado da antiga Copa Intercontinental, incluindo campeões de outros continentes além de Europa e América do Sul. As duas primeiras edições neste formato foram realizadas com seis clubes — apenas os campeões das zonas continentais.
A última alteração foi feita em 2007. A partir daquele ano, o campeão nacional do país-sede passou a jogar — como é padrão nas competições da Fifa. Assim, o tormeio passou a ter sete clubes.