A uma semana do início da temporada de 2018, o Botafogo ainda não anunciou reforços, missão que certamente seria facilitada se já tivessem sido pagos os valores referentes às saídas do volante Bruno Silva e do treinador Jair Ventura. Juntos, eles renderão ao clube quase R$ 5 milhões.
A situação do técnico é a mais longe do desfecho, por mais que o valor seja bem menor (R$ 860 mil). Ele aceitou o pedido para trabalhar no Santos e pediu desligamento do Botafogo, mas como tem contrato com o Glorioso até o final de 2018, é necessário o pagamento da multa para que ele possa ser apresentado no clube paulista, que corre o risco de se reapresentar, dia 3, sem comandante.
Nesta semana, sem data revelada, o Santos irá ao Rio de Janeiro para conversar sobre o pagamento da multa com o Botafogo. A questão é que o Alvinegro Praiano enfrenta dificuldades financeiras e quer focar no pagamento do 13º salário dos funcionários do clube e dívidas. Uma possibilidade estudada pelo Santos, mas já refutada pelo Botafogo, é oferecer jogadores por empréstimo. Há boas chances da novela ter um desfecho só em janeiro.
Em janeiro é quando também deve haver o ponto final uma outra longa história. A diretoria do Botafogo quer receber do Cruzeiro os R$ 4 milhões acertados para a transferência do volante Bruno Silva para Belo Horizonte, até o próximo dia 4, data da reapresentação. Já a Raposa, também com dificuldades financeiras, assim como o Santos, quer pagar dia 10.
Enquanto trabalham com essa possibilidade de perder ou ganhar um atleta durante a pré-temporada, Botafogo e Cruzeiro lidam com uma certeza: depois do dia 10, se não houver o pagamento, o agente do meio-campista começará a ouvir propostas de outros clubes, desde que sejam atraentes para as três partes