Ouvi uma entrevista do técnico Renato Portaluppi, em que afirmou que a preservação de atletas titulares do Grêmio se dá pelo fato de eles estarem no limite. Um clube grande, que se destaca e participa de três competições importantes, é punido pela sua grandeza.
Dizem que a televisão é quem determina o calendário, o que aceito apenas como argumento. Não seria possível um diálogo de alto nível, envolvendo todos os interessados para, em conjunto, aproximarem os interesses, porque no fundo são similares?
O núcleo do futebol, que é o clube, sempre sai prejudicado, porque não pode usar força máxima em campeonatos relevantes. Por que não se estabelecer datas apropriadas, visando evitar a simultaneidade? Por que um clube como o Grêmio precisa jogar no mesmo mês quatro competições?
As entidades que organizam o futebol são incompetentes, ou porque não têm capacidade de organização ou porque não têm capacidade de diálogo com a televisão, visando resguardar a força de seus filiados. E o mesmo vale para os contratos com atletas.
Prejuízos para os clubes
Quem são os únicos prejudicados com a lei vigente do trabalho profissional dos atletas? Claro, os clubes, que investem nos seus jogadores e depois ficam à mercê de empresários, muitas vezes gananciosos. Ao fim e ao cabo, os clubes aceitam estas submissões injustas porque dependem dos valores da televisão e de decisões absurdas das entidades que dirigem o futebol. Enfim, tudo é valorizado, menos aqueles que fazem o futebol.