Nesta quinta-feira, o presidente do Sport, Arnaldo Barros, explicou de onde vem o valor de 1,6 milhão de euros, citado por Diego Souza como uma cláusula de seu contrato no pronunciamento da última quarta. Segundo o dirigente, o valor não tem relação com a multa estabelecida pelo clube para que o jogador seja comprado por outro time. Para finalizar, Arnaldo Barros ressaltou que o montante é "impagável".
Em entrevista à Rádio Jornal, o mandatário explicou que o valor de aproximadamente R$ 5 milhões é resultante de uma cláusula fixada em um contrato particular com o Fluminense. A taxa foi definida quando o Sport adquiriu os direitos econômicos do meia por 800 mil euros. Dessa forma, as equipes dividem os direitos do jogador, com 50% para cada lado.
– Mas o Sport detém os direitos federativos. Então, é quem diz se vende, se não vende, qual o valor da multa que estabelece para quem quiser tirar ele, não é? E onde Diego Souza vai jogar. Então, para o Fluminense ter a garantia do retorno desses 50%, tem uma cláusula nesse contrato particular que, se o Fluminense apresentasse um clube interessado em adquirir os direitos econômicos de Diego por um valor igual ou superior a 1,6 milhão de euros, o Sport teria que ou aceitar a proposta e dividir com o Fluminense o valor apurado: 800 mil euros para cada um, ou o Sport recusar a proposta e o Fluminense, se quisesse, poderia permanecer sócio do Sport. Outra possibilidade seria pedir que o Sport pagasse 800 mil euros. Nesse caso, o Sport seria único e exclusivo dono de Diego Souza – declarou Arnaldo Barros.
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O presidente voltou a mencionar que a multa do meia é impagável e afirma que nunca houve uma negociação no futebol brasileiro que se aproximasse do valor fixado em contrato depositado na CBF.
– Houve alguma falha de comunicação. Mas o fato é que a multa de Diego, estabelecida no contrato com o Sport, que serve de parâmetro para qualquer clube que desejar tirar o atleta do Sport, à revelia da vontade do clube, está fixada no contrato que está depositado na CBF. E essa multa, eu posso lhes assegurar, como reiteradamente eu tenho dito, e está provado, pois o Palmeiras não teve condições de pagar. Ou achou que era muito e não pagou, não exercitou esse direito, que até o Palmeiras teria, poque o valor é elevado. Agora a multa é impagável no futebol brasileiro. Até hoje, ninguém nunca foi negociado pagando esse valor, tal qual a multa está estipulada – finalizou o presidente.
Com o fim da novela, o Sport volta a se concentrar para enfrentar a Chapecoense às 19h30min desta quinta-feira, na Arena de Pernambuco, em disputa válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vale lembrar que, caso Diego Souza entre em campo, realizará a sua sétima partida pelo clube e fica impossibilitado de atuar em outro time pela Série A de 2017.