O uruguaio Jorge Fossati comandou na terça-feira, "muito provavelmente", sua última partida como técnico do Catar, apesar da surpreendente vitória de sua seleção sobre a Coreia do Sul por 3 a 2, em jogo válido pelas Eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo de 2018.
O próprio técnico anunciou à imprensa de que provavelmente deixará o cargo.
– Não gosto da ideia de deixar a seleção, mas às vezes é preciso fazer o que se considera justo, não o que é melhor do ponto de vista pessoal – completou o uruguaio.
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Fossati pediu também para que os dirigentes do futebol do Catar colocassem em ação um plano a longo prazo para a seleção.
As declarações de Fossati pegaram de surpresa o presidente da Federação do Catar, Hamad Bin Khalifa Bin Ahmed Al-Thani, que espera se reunir com o treinador antes de tomar uma decisão.
Fossati, 64 anos, chegou ao Catar em setembro do ano passado, substituindo o compatriota José Carreño, que havia perdido as duas primeiras partidas nas Eliminatórias. Antes, Fossati já havia treinado o Catar entre julho de 2007 e setembro de 2008.
Ao que tudo indica, caso deixe o cargo, Fossati deverá ser substituído pelo espanhol Félix Sánchez, técnico da seleção sub-23 do Catar.
Apesar da vitória de terça-feira, o Catar, que organizará a Copa do Mundo de 2022, ocupa a penúltima colocação do Grupo A das eliminatórias, com chances muito remotas de se classificar ao Mundial de 2018.
Para seguir com chances de classificação, o Catar precisa vencer os dois próximos jogos e esperar que o Uzbequistão, terceiro com 12 pontos, perca os respectivos compromissos. Com isso, assumiria o terceiro lugar, que vale o direito de disputar uma repescagem.
Fossati foi técnico do Inter em 2010, mas acabou demitido e substituído por Celso Roth durante a campanha que renderia ao clube o bicampeonato da Libertadores.