Se não for suficiente para subir, ao menos o planejamento do Lajeadense para a Divisão de Acesso terá servido para mostrar que existem conceitos modernos aplicados no futebol do interior gaúcho. Isso porque, sem muitos recursos para a temporada, o grupo comandado pelo técnico Rodrigo Bandeira agregou quase uma equipe inteira de jovens em 2017.
E o mais importante: de modo criterioso. Não foi na correria, no improviso, que os guris chegaram ao clube. Em 2016, na Copa Sub-19, disputada entre equipes gaúchas, o Lajeadense perdeu para o Inter na decisão, completando sua melhor participação em campeonatos de base. Campanha histórica, vista de perto por Bandeira, que chegou em setembro apenas para assisti-los e para planejar o ano em vigor.
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Passados os 14 jogos da primeira fase e obtida a classificação para a semifinal, após uma vitória e um empate com o Pelotas nas quartas, o treinador da equipe está convicto. A estratégia funcionou.
– Temos uma mescla muito boa. A equipe tinha tem uns cinco ou seis mais experientes, quatro ou cinco da base – diz. – E, em muitos momentos, os mais jovens deram resposta até melhor que alguns mais rodados. É uma grata surpresa para nós. Não é um ou dois, temos nove ou 10 jogadores da base e todos foram muito bem – afirma, recordando que nem todos seguiram no clube: após uma boa pré-temporada, o meia-atacante Ariel seguiu para o Grêmio.
Perdas à parte, o Lajeadense não se limita a um ou outro jogador. Conta com boas oções no elenco. Uma delas é Flávio Torres.
– É um fazedor de gols. Foi bem no São Gabriel, é de Minas Gerais. Fez cirurgia de menisco e agora está retornando. É uma peça importante – elogia Bandeira.
*ZHESPORTES