Dois dias depois de ser considerado foragido pela Polícia Federal, Ricardo de Moura, secretário geral de Natação e Executivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), se entregou neste sábado (08) e a partir de agora está detido a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no Rio de Janeiro, assim como os outros três dirigentes da entidade, presos na última quinta-feira, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Águas Claras.
Segundo a Polícia Federal, “as investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação – conforme previsto em lei e nos contratos assinados".
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Homem de confiança do ex-presidente da CBDA, Coaracy Nunes, também preso na última quinta, Ricardo de Moura trabalhou em sete edições dos Jogos Olímpicos. A primeira foi em Los Angeles, em 1984, como observador. Depois, já com o chefe da equipe do Brasil, esteve em Atlanta (1996), Sydney (2000) e Atenas (2004). Em Pequim, em 2008, atuou como membro do Comitê Técnico da Federação Internacional de Esportes Aquáticos (FINA), em Londres (2012) foi o chefe da delegação brasileira de natação e nos Jogos Rio 2016 foi o diretor-executivo da CBDA.