Tudo bem que no ano passado o Juventude chegou à final do Gauchão, que em 2013 São Luiz e Ju decidiram contra o Inter finais de turnos e que em 2012 o Caxias tenha equilibrado a decisão diante do Internacional. No entanto, em nenhuma dessas vezes nos últimos anos o Interior empolgou tanto como agora em 2017, a ponto de o favoritismo da dupla Ge-Nal ficar em xeque já no início do campeonato.
É difícil dizer se Caxias, que venceu o Grêmio e empatou com o Inter, e Novo Hamburgo, que ganhou em pleno Beira-Rio, vão chegar tão fortes assim lá no final. Com investimento muito inferior em relação à dupla Gre-Nal, os dois clubes terão de fazer um esforço gigantesco para manterem o foco e a confiança. Se relaxarem, podem perder o encanto antes de decidir.
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Além do bom tempo de preparação e do encaixe dos times, Caxias e Novo Hamburgo se reorganizaram financeiramente. Luiz Carlos Winck e Beto Campos lidaram muito bem com o baixo custo na hora de contratar.
Fizeram poucas apostas e acertaram em cheio em nomes que já mostraram anteriormente talento no Gauchão, como por exemplo o volante Marabá e o meia Wagner, pelo lado grená, e o volante Jardel e o centroavante João Paulo, pelo lado anilado.
E também estão lançando novos nomes que ainda estão se habituando ao Gauchão. O volante Elyeser e os atacantes Júlio César e Reis são os exemplos no Caxias. No Noia, tem o lateral Assis e o jovem meia Conrado.
E o Interior não está forte só com os dois. Nunca se pode menosprezar Juventude e Brasil-Pel, os representantes gaúchos na Série B nacional. É hora de aproveitar a cochilada do Grêmio, que está com a cabeça na Libertadores, e a tontura do Inter, perturbado pelo rebaixamento no Brasileirão. Dificilmente, haverá outra chance igual para o Interior no Gauchão.