O anúncio da saída de Bernardinho do comando da Seleção Brasileira masculina de vôlei gerou comoção em brasileiros e estrangeiros. O carioca de 57 anos encerrou uma passagem de 16 anos à frente da equipe e cedeu o lugar a Renan Dal Zotto.
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– Fica difícil a gente achar o tamanho dele para a história do vôlei. Assumiu a Seleção feminina e depois a masculina e, logo no primeiro torneio, conseguiu um título. O Brasil vinha de um sexto lugar na Olimpíada de Sydney. Alguns meses depois, título na Liga Mundial de 2001. A partir daí, nunca saiu do pódio, sempre entre os três primeiros. O Bernardinho é um tipo de técnico que nasce de 100 em 100 anos. É um cara que faz você se sentir melhor do que os outros" – analisou o ex-jogador Nalbert, ouro na Olimpíada de Atenas-2004 sob o comando do treinador, ao Sportv.
A era vitoriosa começou em 2001 e se encerrou com o ouro na Olimpíada do Rio de Janeiro, no ano passado. Isso sem contar o período em que o profissional dirigiu as mulheres do país, entre 1994 e 2000. Agora, ele seguirá apenas como comandante do Rexona-Sesc, atual tetracampeão da Superliga feminina, e coordenará o trabalho de Renan.
E a inspiração não se restringe às quadras. Tricampeã olímpica no vôlei de praia e uma das maiores carrascas do Brasil, a americana Kerri Walsh também expôs sua gratidão.
"Um dos meus técnicos favoritos de todos os tempos #bernardinho Você me fez lutar MUITO forte e amo isto", declarou Walsh pelo Twitter.
Um dos destaques da campanha olímpica no Rio, o levantador Bruninho, filho de Bernardinho, deixou seu agradecimento público ao pai.
"Descrever mais de 20 anos entre Seleção feminina e masculina é difícil. Essa imagem que você merece depois de tantos anos. Toda tua dedicação, paixão e amor pelo que faz são inspirações para todas as gerações. Obrigado por tudo!!!", disse o atleta.
Bernardinho declarou ao Jornal Nacional da última quarta-feira, horas após o anúncio oficial, que pela primeira vez na vida pensou em deixar o cargo.
– A primeira vez em 23 anos eu pensei realmente em deixar. Para ver outras coisas, pensar um pouco. Quando o Bruno me abraça no final da Olimpíada foi o momento que eu falei: realmente deu. Se de alguma forma eu inspirei, fiz alguma coisa legal, onde eu estiver vou tentar continuar a fazer – disse Bernardinho.
*Lancepress