Após passar por mais uma cirurgia nesta quinta-feira, no hospital San Vicente, em Rionegro, na Colômbia, o goleiro Jackson Follmann, da Chapecoense, um dos seis sobreviventes da tragédia com o avião do clube, que matou 71 pessoas na madrugada de terça-feira, não terá de amputar a perna esquerda. No entanto, o jogador segue na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Desde a entrada do atleta no hospital, logo após o resgate na localidade de Cerro Gordo, Follmann teve de ter o pé direito amputado. Em boletim divulgado no início da noite, assinado pelo médico Ferney Rodríguez, o hospital informa que o goleiro segue com "estrita vigilância" na Unidade de Cuidados Intensivos.
Além da nota oficial, em entrevista também nesta quinta-feira, o médico afirma que a equipe médica espera que a evolução do quadro de saúde de Follmann siga sendo satisfatória. Rodríguez ainda esclarece que o goleiro está sedado e "em processo de estabilização" e, por estar na UTI, ainda não tem noção do que está vivendo.
O médico conta que desde terça-feira o hospital mantém contato com a família de Follmann e que, até onde ele sabia, apesar de estarem enfrentando dificuldades para ir até a Colômbia, a última informação era de que os parentes chegariam à unidade de saúde, possivelmente, nesta sexta-feira.
Por fim, Rodríguez descarta que Follmann seja transferido para o Brasil neste momento. Segundo ele, desde ontem os médicos colombianos e uma equipe de médicos designados pela Chapecoense avalia o estado das lesões do jogador e, por hora, "se definiu que o melhor para o paciente é continuar seus cuidados" no San Vicente.
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Veja abaixo o boletim completo do hospital:
Às 17h30min, o Hospital San Vicente Fundación de Rionegro, informa o dia de hoje, o paciente Jackson Follmann, foi atendido cirurgicamente pelo nosso grupo de especialistas.
Durante a cirurgia, evidenciou-se boas condições da amputação da perna direita. Na perna esquerda, as lesões têm evolucionado adequadamente por tanto não precisou de amputação.
O paciente continua com estrita vigilância na Unidade de Cuidados Intensivos.
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