Na hora ruim, fazer terra arrasada só piora a situação. Isso não quer dizer que o Inter não precise avaliar seus erros para arrumá-los. Acabaram culminando na derrota de domingo o conjunto de defeitos, sejam dentro ou fora de campo, que já eram detectados.
Se encararmos com rigor, as vitórias contra São Paulo e Santos fora de casa, bem como a grande atuação contra o Atlético-MG, destoaram das demais jornadas deste Campeonato Brasileiro. Mesmo nas vitórias obtidas no Beira-Rio ficava claro que o Inter não conseguia desenvolver um bom futebol. Primeiro se presumia que os desfalques por lesão eram os responsáveis. Depois, veio a suposição de que as novas contratações é que fariam a diferença.
A grande verdade é que o Inter é inoperante do meio para a frente. Não tem um padrão de jogo que lhe possibilite levar um gol e virar uma partida. Se deixar para mim, que sou apenas um torcedor, a possibilidade de identificar e sanar problemas, certamente eu engrossaria as fileiras dos que acham que tem de mudar tudo. Aos homens da diretoria, e só a eles, cabe uma avaliação criteriosa e séria do que anda acontecendo com o Colorado.
Façamos um acordo
Se é carência técnica do elenco, postura tática, treinador, fatos fora do campo ou se é tudo isso misturado, somente os homens que vivem o dia a dia do clube é que vão poder avaliar. Pedimos, no entanto, que seja rápido. O que não pode acontecer é sermos acometidos da soberba de presumir que nada deve ser modificado. Façamos um acordo: a torcida não faz terra arrasada e a diretoria age rapidamente. Combinado?
*Diário Gaúcho