Desde que foi acesa na Grécia em maio, a Tocha Olímpica nunca tinha se deparado com uma temperatura tão baixa quanto a enfrentada nesta quarta-feira no Rio Grande do Sul. Nas passagens por São Sepé, Caçapava do Sul, Canguçu, Rio Grande e Pelotas foi difícil saber em qual local fez mais frio ou se teve a menor sensação térmica.
Nos termômetros eram registrados seis graus, mas o sentimento com ventos que nos molhes da Barra de Rio Grande atingiam quase 80 km/h é de que se estava abaixo de zero. No final da etapa de revezamentos uma certeza tinham todos da equipe organizadora que está desde o início junto à tocha: "Nunca passamos tanto frio". Imediatamente surgia outra preocupação, a de como será a situação na etapa da Serra, em cidades como Gramado, Canela e Caxias.
Pausa do exército
É muito dinâmico o processo do revezamento da Tocha Olímpica. O comboio é numeroso, com 21 veículos acompanhando a tocha e mais quatro o antecedendo com as ações de patrocinadores. Isso sem falar nas 20 motocicletas da Brigada Militar. Ao todo são mais de 100 pessoas envolvidas ao mesmo tempo, um verdadeiro batalhão. Além disso, a movimentação praticamente não para. Existe apenas um momento de não mais de uma hora para almoço. Os locais são pré-determinados em restaurantes à beira das estradas onde todas as pessoas fazem a refeição e o estacionamento fica lotado com os mais variados tipos de transporte.