Alex Ribeiro traçou sua estratégia para alcançar o estrelato que os companheiros de Brazilian Storm, como é chamada a geração de surfistas do país, já conquistaram. O primeiro passo é repetir Italo Ferreira e ser o "Rookie of The Year" (Calouro do Ano), mantendo sua vaga na elite sem dificuldades em 2016. Depois, o fã de Mick Fanning espera trilhar o mesmo sucesso do australiano, que, apesar de derrotado por Gabriel Medina e Mineirinho nos últimos dois anos, acumula três títulos mundiais e é apontado como um dos principais nomes do esporte em todos os tempos.
- O Italo entrou quebrando tudo. O moleque mostrou que está preparado. Vou tentar da mesma forma, me espelhar nele. Vai dar tudo certo - aponta Alex. - Claro que a gente almeja sempre o maior, mas tem que chegar devagar, respeitando todos os adversários. Mas vou dar meu máximo e, se der mole, a gente vai buscar.
O paulista de 26 anos está em Torres, no Litoral Norte gaúcho, onde ocorre, até domingo, a última etapa do Campeonato Brasileiro de surfe. Parou no quarto round, mas nada que o preocupe. A motivação é total para a próxima temporada. Do Rio Grande do Sul, volta a São Paulo para começar a preparação para o mundial.
A fase será de experimentos com seu shaper. Modelos novos de prancha serão testados para escolher as melhores para cada uma das 11 etapas da elite. Alex pretende ir para a Austrália, onde o campeonato começará, em meados de fevereiro. Quer ter tempo de treinar in loco para não ser surpreendido.
- A expectativa é grande. Não vejo a hora de estrear. Meio que não caiu a ficha ainda, de estar lá entre os melhores. Expectativa gigante. Quero que vire o ano logo, que comece a perna australiana - conta.
Para conseguir a classificação pelo Qualifying Series (QS), o surfista teve como grande resultado a vitória na etapa de Saquarema. Porém, esperou para comemorar somente na última etapa, no Havaí, quando não havia possibilidade de reviravolta. Terminou na oitava posição no ranking - o primeiro colocado foi Caio Ibelli, que também esta entre os 10 surfistas da Brazilian Storm em 2016.
Os projetos para o futuro são ambiciosos. Se o começo poder ser parecido com o de Italo Ferreira, o caminho a ser traçado pode se assemelhar ao de Mick Fanning.
- - Gosto muito do Mick Fanning. Me espelho muito nele. Cara completo, super humilde. Para, mim é um espelho legal - finaliza.
*ZHESPORTES