No mesmo final de semana em que as telas destacaram as quedas de José Aldo e Chris Weidman, destronados por seus rivais (respectivamente Conor McGregor e Luke Rockhold) de maneira impiedosa, outro gigante também caiu.
Poucas horas antes, o Golden State Warriors voltou a sentir o gosto de uma derrota, o que não acontecia desde junho, antes de a equipe se sagrar campeã da NBA. Ao todo, foram 24 triunfos seguidos no início da atual temporada, o que representa o melhor começo de campanha da história da liga.
A franquia em que atua o brasileiro Leandrinho ultrapassou o recorde que pertencia ao Washington Capitols de 1948/1949 e ao Houston Rockets de 1993/1994 - ambos com 16 vitórias nos 16 primeiros jogos - e por pouco não chegou à inédita façanha de vencer sete partidas seguidas fora de casa. A equipe também esteve perto de alcançar o feito do Lakers da década de 70, que sobrepujou 33 oponentes consecutivos e segue com esta marca imaculada.
Os dois tropeços tiveram o mesmo algoz, o Milwaukee Bucks. O time, representado por um cervídeo no escudo e no nome, não tem a mesma força, torcida ou tradição do Chicago Bulls, vizinho de conferência e divisão. Vencedor de apenas um campeonato em pouco mais de 40 anos, hoje o Bucks nem sequer aparece entre os oito classificados do Leste.
Principal aposta para conquistar o anel de campeão, o atual plantel dos Warriors já entrou para a história, e seu desempenho faz valer cada dólar investido numa assinatura do NBA League Pass, aplicativo que permite assistir aos jogos da competição. Curry segue como destaque e não vê ninguém próximo de disputar a corrida ao prêmio de MVP (jogador mais valioso do ano). Cada vez mais letal nos arremessos de longe, o camisa 30 pontua de distâncias assustadoras, por vezes logo após ultrapassar o meio da quadra, mesmo quando está pressionado por dois adversários.
Quando está bem marcado, o armador tem Klay Thompson ao lado, outro exímio arremessador da linha de três, Draymond Green, uma âncora defensiva que pontua, protege o aro e distribui o jogo com um empenho digno de volantes que envergaram a camisa 5 de campeões de Libertadores dos anos 90, sem citar Iguodala, melhor jogador da última final.
As 27 vitórias e a única derrota do GSW até o Natal fazem com que o alce do Bucks ou qualquer outro rival pareçam apenas presas, com escassas chances de sobrevivência contra o principal predador do atual basquete americano.