O goleiro reserva da seleção brasileira de pólo aquático, Thye Bezerra, 27 anos, negou à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) que tenha tido qualquer tipo de relação com a jovem moradora de Toronto, no Canadá, que o acusa de abuso sexual.
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Segundo o advogado da confederação, Marcelo Franklin, que está à frente da defesa de Thye, o atleta garante ser inocente. De acordo com o advogado, as notícias de que o goleiro admitiu a representantes da CBDA ter tido relação com a jovem com o consentimento dela não procedem.
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- Fomos todos pegos de surpresa. As informações foram divulgadas nessa sexta-feira [24], durante uma entrevista coletiva das autoridades canadenses, que não trabalham aos finais de semana. Ainda não tivemos acesso às acusações - disse o advogado à Agência Brasil. Franklin revelou já estar trabalhando na defesa de Thye em conjunto com um profissional canadense e que espera receber, nos próximos dias, informações mais consistentes que lhe permitam definir a estratégia a adotar.
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- Antes de qualquer prejulgamento, é preciso conhecer as acusações e as evidências que as sustentam. Até porque, é preciso levar em conta que, na legislação canadense, o assédio sexual vai de um toque não autorizado, um beijo, até, na outra ponta, o estupro - acrescentou o advogado.
O advogado disse não saber se Thye deixou ou foi cortado da seleção para regressar ao Brasil, mas confirmou que a delegação brasileira discutia a hipótese de que o goleiro não disputasse o Mundial de Esportes Aquáticos, que teve início hoje (25) em Kazan, na Rússia, onde a equipe estava quando as denúncias vieram a público.
Segundo as autoridades canadenses, Bezerra e outro integrante da equipe brasileira de pólo aquático foram à casa da jovem na madrugada do dia 16 de julho, após se conhecerem em um bar, onde os atletas comemoravam a conquista da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto.
De acordo com a inspetora de Crimes Sexuais, Joanna Beaven-Desjardins, a vítima afirma que, a certa altura, decidiu ir dormir. Foi quando, segundo a jovem, Thye a seguiu até o quarto e abusou sexualmente dela. Ainda segundo a vítima, uma amiga dela estava presente. A polícia emitiu um mandado de prisão com a foto e dados do atleta, além de um número de telefone para denúncias.
Em nota divulgada hoje, a CBDA afirma que só será possível avaliar a consistência do caso e estabelecer as próximas medidas a serem tomadas após análise dos autos do processo. A confederação lembra que nenhum membro da delegação brasileira foi procurado pelas autoridades canadenses ou recebeu qualquer comunicado oficial antes de deixar o país e viajar para a Rússia.
- O atleta se declara inocente, sendo certo que tanto pela nossa legislação, quanto pela lei canadense, todos são presumidos inocentes até prova em contrário - afirma a CBDA na nota.
*Agência Brasil