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A vez delas

Brasil inicia disputa pelo título inédito do Mundial de vôlei feminino

Nas últimas duas edições, campeãs olímpicas perderam na final para a Rússia

Vanessa Scalei

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CBV,divulgação / CBV,divulgação
Campeonato será disputado na Itália, com jogos em seis cidades

Bicampeãs olímpicas, as meninas do Brasil entram em quadra nesta terça-feira em busca de um inédito título para uma geração dourada. Em Trieste, na Itália, a seleção brasileira faz sua estreia no Mundial enfrentando a Bulgária, às 15h (o SporTV transmite a partida). Nas duas últimas edições do campeonato (2006 e 2010), as derrotas para a Rússia na final ainda trazem más lembranças.

Aos 31 anos, a oposto Sheilla é a bola de segurança do técnico Zé Roberto e uma veterana em Mundiais. Chega ao quarto torneio ciente de sua responsabilidade:

- Cada Mundial foi uma experiência diferente. Estamos com um grupo muito unido e focado. Sabemos da dificuldade que teremos pela frente. Esse é o Mundial mais difícil que vamos participar pela fórmula de disputa, pois teremos muitos jogos em sequência em um curto período de tempo.

Assim como na versão masculina, as regras do campeonato são confusas e, se chegar à final, o Brasil deve disputar 13 jogos em 20 dias. Após a conquista do Grand Prix, há um mês, as brasileiras chegam como grandes favoritas. Na primeira fase, se não der margem às zebras, o adversário realmente forte deverá ser a Turquia - único time a vencer a seleção no Grand Prix.

- Acho o Mundial o campeonato mais difícil de disputar. Podemos cruzar algumas vezes com o mesmo time pelo sorteio. Acredito que na fase final vão chegar as seleções mais bem preparadas e merecedoras. É muito importante que nosso grupo chegue inteiro e bem fisicamente na reta final - explica Sheilla.

Mesmo assim, o técnico Zé Roberto mostra cautela e ressalta que as adversárias da estreia venceram o Brasil no ano passado:

- É um jogo muito perigoso em função da característica do time búlgaro. Nós sempre tivemos dificuldades em enfrentar equipes que jogam com bolas altas. No entanto, estudamos e treinamos para jogar contra elas. Temos que ajustar nosso sistema defensivo e tentar parar as ponteiras Vasileva e Rabadzhieva.

Se Sheilla é a experiência, a ponteira Gabi, 20 anos, vive a expectativa de disputar o seu primeiro Mundial.

- A expectativa é grande. Esse é o meu primeiro Mundial e estar participando desse grupo vitorioso é positivo. Sabemos que será uma competição longa e desgastante, mas estamos bem preparadas - disse ela após o primeiro treino no Palatrieste, ginásio que sedia os jogos na sede de Trieste.

As caras do Brasil

Levantadoras: Dani Lins e Fabíola
Centrais: Thaísa, Fabiana, Carol e Adenízia
Ponteiras: Jaqueline, Natália, Fernanda Garay e Gabi
Opostos: Sheilla e Tandara
Líberos: Camila Brait e Léia

O caminho na primeira fase

Terça (23/9) - Brasil x Bulgária - 15h (horário de Brasília) - SporTV

Quarta (24/9) - Brasil x Camarões - 12h (horário de Brasília) - SporTV

Quinta (25/9) - Brasil x Canadá - 5h30min (horário de Brasília) - SporTV

Sábado (27/9) - Brasil x Turquia - 15h (horário de Brasília) - SporTV

Domingo (28/9) - Brasil x Sérvia - 15h (horário de Brasília) - SporTV

As principais rivais

Rússia
Além de ser a grande rival das brasileiras nos últimos anos, a atual bicampeã mundial chega com um grande reforço: Ekaterina Gamova. A oposto havia anunciado aposentadoria da seleção após as Olimpíadas de Londres, em 2012, mas retornou a pedido do técnico Yuri Macharev.

Estados Unidos
Outras rivais de peso das brasileiras, as americanas também estão em busca de seu primeiro título mundial. Para conseguir a façanha, terão força máxima, com as voltas da central Christa Harmotto (que após o casamento atende pelo sobrenome Dietzen), da ponteira Kristin Hildebrand e da oposto Nicole Fawcett.

Itália
Campeãs em 2002, as italianas terão a fervorosa torcida a seu lado. E ainda contarão com a experiência da atacante Francesca Piccinini, 35 anos, e da levantadora Eleonora Lo Bianco, 34 anos. O técnico Marco Bonitta declarou que o objetivo da Itália é imitar a Polônia - que acaba de conquistar o Mundial masculino.

China
Depois do decepcionante 10º lugar no Mundial de 2010, as chinesas prometeram dar a volta por cima em 2014. A maior estrela está fora da quadra: a técnica Jenny Lang Ping, campeã mundial em 1982 e olímpica em 1984. Para os chineses, Jenny é o Pelé do vôlei e, por isso, apostam no seu comando para fazer a equipe conquistar bons resultados.

A competição

- As 24 seleções foram divididas em quatro grupos de seis times, que jogam entre si, e os quatro primeiros avançam para a segunda fase.

- As 16 equipes remanescentes serão distribuídas em dois grupos com oito países.

- Os três primeiros passam para a terceira fase, com dois grupos de três seleções.

- Os dois primeiros avançam para as semifinais e finais.

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