Com a exceção do brasileiro Damião Ancelmo, todos os outros corredores que participaram na manhã deste domingo da entrevista coletiva prévia da São Silvestre aprovaram a mudança de horário na corrida, que passou da tarde para a manhã. E dois motivos se destacaram: a expectativa de um melhor rendimento por causa do clima mais ameno, e a possibilidade de poder passar o Réveillon ao lado da família.
Uma das mais entusiasmadas era Marily dos Santos. A corredora, que busca sua primeira vitória na prova disputada nas ruas de São Paulo, tem voo marcado após a corrida nesta segunda-feira às 11h30 com destino a Maceió, em Alagoas, onde começará 2013 ao lado da mãe, Maria do Socorro.
- A São Silvestre é importante, mas a minha mãe é mais importante ainda. Se eu ganhar a São Silvestre dou um jeito de ir para lá (Maceió) de jatinho ou helicóptero. Dou uma de Ivete Sangalo e pouso no estádio (risos). Pela minha mãe nem faria o exame (antidoping), mas é uma obrigação. Será a primeira vez na idade adulta que passarei o Réveillon com ela. Se fosse no horário antigo, não daria tempo - disse Marily, que lidera o ranking nacional de corrida de rua de 2012 e poderá ser campeã do circuito na São Silvestre.
Os quenianos não terão a mesma sorte de poder passar a virada do ano com os familiares, mas eles também comemoraram o fato da São Silvestre ser disputada nas primeiras horas da manhã - a largada da elite masculina será às 9h. Segundo eles, o calor típico da tarde paulistana na época da corrida prejudicava o desempenho e o físico não somente deles, mas de todos os atletas.
- Colocar a prova de manhã foi melhor, no ano passado foi muito duro para nós - disse Mark Korir, vice-campeão na prova masculina em 2011.