Gerardo Pelusso é o novo treinador da LDU, que espera o Grêmio em Quito, na decisão do dia 13 de abril. É sempre um prazer falar com o técnico uruguaio. Em setembro 2014 ele passou pela Capital. O entrevistei entre várias taças de expresso na cafeteria do Plaza São Rafael. Aos 62 anos, 32 como treinador de futebol, ele fala como um professor. É claro.
É um homem conectado com o seu tempo, ligado a internet, colecionador de números e táticas. Lê, ouve, estuda, quer saber. Deve ter providenciado tudo sobre os atletas e os esquemas de Roger Machado. Ele tinha respostas precisas para uma dúvida minha?
Por que os times médios e pequenos do continente vencem os grandes do Brasil?
– Por que conhecem os adversários, estudam, assistem aos vídeos, repassam aos jogadores, treinam a marcação, ensaiam a bola parada. São humildes. Os brasileiros não se dão ao trabalho de examinar os visitantes. Imaginam que vão ganhar naturalmente. Olha como o Chile evoluiu. E a Colômbia? E o Brasil? Evoluiu?
Eu disse que não.
Ele garantiu que o brasileiro não quer correr um pouco mais, não está mais disposto ao sacrifício e falta-lhe cultura tática. Sobre os técnicos de língua espanhola, falou que eles nunca pararam no tempo, que gostam de estudar e manter um diálogo natural com o Exterior.