Um técnico com profundo conhecimento tático e uma série de discussões com jogadores e imprensa. Assim jornalistas que cobriram passagens de Argel Fucks por seus clubes anteriores descrevem o novo técnico do Inter. Zero Hora conversou com Marcos Castiel, Daniel Angeli e Erick Mattos, que tratam o treinador como um profissional explosivo, mas competente - as comparações, em termos de perfil, são com Celso Roth e Lisca.
Reunião em Florianópolis tem êxito e Argel Fucks é o novo técnico do Inter
Marcos Castiel, editor de esportes do Diário Catarinense
O Argel passou por quase todos os grandes clubes de Santa Catarina, só faltou a Chapecoense. Até chegar ao Figueirense nessa última passagem, ele era conhecido como um técnico para reerguer time. Sempre teve passagens marcadas pela personalidade forte e pelo desgaste com os jogadores a curto prazo, estilo Celso Roth. Colocava uma pilha, ajeitava o time e, depois, não aguentava a bronca porque os jogadores ficavam tensos. Mas o Argel evoluiu muito do ponto de vista psicológico. Mudou justamente o comportamento, ele passou a ser um cara mais conciliador. É polêmico, as entrevistas são sempre pegadas, não tem pergunta sem resposta, e normalmente não é convencional. É um excelente técnico do ponto de vista tático. É um cara que revela muitos jogadores. O time do Figueirense chegou a oito jogadores revelados pelo clube.
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Daniel Angeli, editor de esportes do Pioneiro
O Argel teve duas passagens pelo Caxias no começo de carreira, era meio "pancadão". Mas o trabalho dele é muito bom. A torcida gostava bastante dele. Ele trabalha bem, consegue ficar com o grupo na mão como ex-boleiro. Ele gosta de trabalhar com jogadores jovens. É um bom técnico, a parte tática é uma das principais características. Ele até lembra o Lisca. É explosivo, mas é estudioso. Aqui no Caxias, ele falava bastante que gostaria de treinar o Inter, que o sonho dele era trabalhar no Inter.
Com rápidas passagens, Argel Fucks tem apenas um título como técnico
Erick Mattos, do EQ Sports News
Ele é, no trato com os jogadores, estilo Celso Roth. Taticamente, ele é bom, treina bem o time. O convívio com a imprensa, inicialmente, é bom. Depois, depende dos resultados. É mais ou menos a relação que o Roth está tendo com a imprensa do Rio. Se estiver ganhando, está tudo certo. Se perder, complica. Mas ele sabe armar um time, não joga o time todo para frente, nem retranca quando está ganhando. Na Portuguesa, ele teve problemas de relacionamento com alguns jogadores, como Gabriel Xavier, Rondinelly e Willian Magrão. Pelo que ele fez na Portuguesa, pode dar certo no Inter. Vendo de fora, o Inter precisa de um cara assim, no perfil do Argel, com um pulso firme.
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Características
Explosivo e estudioso: o perfil de Argel, novo técnico do Inter
Jornalistas comparam o treinador a Celso Roth e Lisca
Wendell Ferreira
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