Desde a noite desta quinta-feira, o Inter tem outro campeonato a disputar. Evitar o primeiro rebaixamento de sua história antes de reinaugurar o Beira-Rio vale título. Quem me dá o privilégio de acompanhar a coluna sabe que passo longe do estilo alarmista. E do exagero também. O espalhafato é inimigo do bom senso. E um tanto ridículo, vamos combinar. Mas tem uns poucos momentos nos quais medir termos é se omitir. É o caso.
O comportamento colorado em São Januário é de time que estará brigando para não cair em duas rodadas. A desmobilização é flagrante. Não há compromisso com nada. Gabriel e Kleber jogam só de intermediária a intermediária.
A cobertura pelos lados, com Índio e Juan, é constrangedora. Basta colocar um pingo de velocidade sobre eles e já era. Trotam em vez de correr, assim como todo o time, tirando DAlessandro e Jorge Henrique. Estes, ao menos, se movimentam, buscam o espaço.
Não há mais norte. Nem sul, leste ou oeste. Precisando fazer gols, o técnico tira Caio e coloca Airton. Pensou taticamente, temendo perder o meio-campo, tudo bem, mas a questão não é mais essa. A casa caiu. Damião e Forlán, que na rodada passada eram reservas, nesta quinta foram chamados no segundo tempo para salvar a pátria. Correram tanto quanto os outros.
A missão, agora, é juntar o que der dos cacos nestas 13 rodadas que faltam. Com uma meta: não cair.
Opinião
Diogo Olivier: para o Inter, não cair é título
Colunista de ZH analisa o momento colorado após a derrota para o Vasco, pelo Brasileirão
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: