Foi pelo seu Reinaldo. Foi épico como desde a primeira rodada do Gauchão estava escrito para ser. O Novo Hamburgo engoliu o Gigante da Beira-Rio dentro de sua própria casa. Perdeu a possibilidade de levantar a primeira taça de campeão gaúcho da história no seu quintal. Entrou em campo no estádio Centenário, em Caxias do Sul, como se fosse visitante. Viu mais de 10 mil vozes ecoarem "Vamo, vamo, Inter". Mas calou todas elas.
Com uma campanha de luxo, em que foi líder desde a primeira rodada e comandado por Beto Campos, o Novo Hamburgo também virou um dos gigantes do Rio Grande do Sul.
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Reinaldo Von Reisswitz não estava em campo, ouviu e viu a partida de um lar de idosos na cidade do seu time do coração. Mas ajudou o anilado a levantar o troféu mais importante da história centenária do clube de Novo Hamburgo. Patrono e presidente em 1971, ele figurava no vídeo em que jogadores e comissão técnica receberam minutos antes de entrarem em campo.
Entre menções à imprensa, de que o limite para o Noia era a semifinal e "time pequeno sem torcida", os quatro minutos ao som do Hino Rio-Grandense estampavam a garra que os jogadores tiveram para chegar à decisão e o quão importante deveria ser acreditar no último passo. Por eles. Pelas famílias. Aliás, o time virou um sentimento só em busca do topo.
E conseguiu. Foi sofrido, nos pênaltis, mas acabou a espera. Finalmente, o Novo Hamburgo é o campeão gaúcho.