A frase utilizada pelo técnico Luiz Carlos Winck na sua última entrevista coletiva, sexta-feira, antes da decisão contra o Inter é emblemática para o Caxias há alguns anos quando o assunto é jogo no Estádio Centenário: “Qua comando mi!”. A expressão do dialeto talian está sendo bem aplicada pelo grupo grená neste Gauchão. A campanha dentro de casa tem quatro vitórias, um empate, contra o Cruzeiro, e só uma derrota, para o Veranópolis.
Domingo, na semifinal contra o Inter, às 16h, a esperança é que o Centenário possa fazer a diferença para os grenás alcançarem a decisão.
– O Inter vem de três jogos, um conosco e outros dois com o Corinthians, e tem um desgaste. Temos que aproveitar, pressionar desde o início, sabedores que nós estamos dentro de casa. Eu falo muito para eles (jogadores) no vestiário: Qua comando mi! Aqui eu comando – diz Winck.
Se o Centenário é um dos fatores que pode pesar a favor do time grená, há outros que podem ser listados para que até o torcedor mais desacreditado confie numa reviravolta. A equipe encaixou muito bem na temporada. Além do mais, é o franco-atirador nesta semifinal.
Outro ponto fundamental para conseguir a classificação é o lado psicológico. Durante toda a semana notou-se um time muito confiante de que irá reverter a desvantagem e chegará na final. Mesmo que para isso seja preciso derrubar um dos grandes do Estado.
– Dentro de campo, com todo respeito, mas o futebol está muito nivelado e nós temos a oportunidade. Vamos trabalhar e persistir nisso até o final dos 90 ou 100 minutos, porque temos condições de buscar um grande resultado em casa – afirma o treinador.
Para o segundo jogo da decisão, Winck faz um apelo: que a arbitragem de Daniel Nobre Bins e auxiliares não interfira no resultado, como ocorreu em Porto Alegre há uma semana.
– Era uma penalidade que deveria ser assinalada. Se seria gol ou não, eu não sei. Mas poderia ter sido o gol de empate e mudado toda a história desse confronto. Espero não ser prejudicado pela arbitragem nessa partida – conclui o treinador.