Na súmula da partida entre Novo Hamburgo e Caxias, disputada no último sábado, pela quarta rodada da Taça Farroupilha, o árbitro Jean Pierre Gonçalves de Lima foi detalhista. E, ao que tudo indica, iniciou um novo momento de debate no futebol gaúcho. O motivo: ele cita que a torcida anilada praticou atos de racismo contra o atacante Vanderlei, do Caxias.
No texto, ele cita que "a conduta da torcida mandante foi ruim, em função de que sempre que o atleta da SER Caxias, número 9, Vanderlei, tomava posse da bola, um grupo de torcedores do Novo Hamburgo passava a chamá-lo de macaco, ostensivamente e insistentemente". Segundo Jean Pierre, foi pedido que a Brigada Militar tomasse as medidas cabíveis quanto ao fato.
Outra situação destacada pelo árbitro foi o fato de, ao término da partida, o comandante do policiamento ter ido até o vestiário da arbitragem comunicar que o zagueiro Lacerda, também do Caxias, havia agredido um policial durante a confusão, resultado da correção do bandeira que marcou impedimento no gol do Noia e, depois, voltou atrás. Um Boletim de Ocorrência (B.O.) foi realizado contra o atleta grená.
Na súmula, a arbitragem também relata os fatos de Vanderlei ter sido mordido por um cachorro, da expulsão do preparador físico do Caxias Fabiano Vieira e a invasão de campo de um dirigente grená, ao qual ele não conseguiu identificar.
Os jogadores do Caxias estão concentrados para a partida desta quinta-feira contra o Pelotas, às 19h, no Centenário.
Polêmica
Súmula de Novo Hamburgo x Caxias relata racismo contra atacante e agressão a brigadiano
Vanderlei e Lacerda, do time da Serra, foram citados pelo árbitro Jean Pierre no documento
Maurício Reolon
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