A capacidade da Seleção Brasileira em ultrapassar a marcação alta da Áustria, desgastar o adversário e conseguir furar a linha defensiva adversária com cinco jogadores foi um bom último teste antes de uma fase de grupos da Copa do Mundo que terá dois europeus pela frente — Suíça e Sérvia —, além da Costa Rica. Por isso, Tite não escondeu a satisfação com o rendimento na goleada por 3 a 0 sobre os donos da casa em Viena.
— Muita troca de passes para sair jogando. A Áustria marcou alto contra a Alemanha, e foi a mesma estratégia. Mas conseguimos trabalhar a bola, gerar desgaste na equipe adversária. Quando tem que fazer uma compactação, vai minando a equipe adversária e vamos aproveitando os espaços criados — argumentou.
O meio-campista Philippe Coutinho, um dos destaques da Seleção na partida, salientou que a preparação para furar a retranca austríaca deu resultado.
— Muitos times na Europa jogam assim, com cinco atrás. Durante a semana, treinamos bastante, Tite nos passou a forma de penetrar na defesa deles. Fizemos com eficiência. A vitória hoje (domingo) nos dá mais confiança para entrar na Copa — comemorou o jogador do Barcelona.
A delegação embarcaria para Sochi, QG brasileiro na Rússia, ainda na noite de domingo para iniciar já em solo russo a última semana de preparação antes da estreia contra a Suíça, no próximo domingo, em Rostov.
— Todos os jogos que a gente fez antes da Copa eram importantes, a gente sabe que todos são. A equipe da Áustria estava bem postada, tem qualidade. A gente sabia que não ia ser fácil. Conseguimos fazer mais uma grande partida — resumiu Gabriel Jesus, centroavante que marcou o primeiro gol do Brasil no jogo.
O que ainda resta para a Seleção Brasileira é a confirmação do time que começará jogando contra a Suíça no domingo que vem. Por mais que a tendência aponte para a repetição da formação que venceu a Áustria, Tite preferiu deixar a escalação em aberto.
— Na quinta ou sexta, eu confirmo. Agora, estou na adrenalina do jogo. (...) Sobre a Suíça, vamos começar a pensar agora. Temos uma forma de jogar e ela se ajusta, mas não nós mudamos. A equipe tem que jogar automaticamente, criar links, triângulos, pivôs. Tentamos repetir este padrão para que, quando vier a pressão, o jogador encontre soluções — finalizou o técnico.