O mercado de trabalho formal brasileiro acelerou no mês passado e registrou um saldo positivo de 372.265 carteiras assinadas em agosto, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho. Em julho, haviam sido abertas 303.276 vagas.
Foi o oitavo mês consecutivo de abertura de postos de trabalho formal. O resultado do mês passado decorreu de 1.810 milhão de admissões e 1,438 milhão de demissões.
Em agosto do ano passado, já com o mercado de trabalho se recuperando dos efeitos da primeira onda de coronavírus no Brasil, houve abertura de 242.543 vagas com carteira assinada.
Acumulado
No acumulado do ano até agosto de 2021, ao saldo do Caged já é positivo em 2,203 milhões de vagas. Nos oito primeiros meses do ano passado, houve destruição líquida de 849.387 postos formais.
De acordo com o Ministério do Trabalho, mais de 2,7 milhões de trabalhadores seguiam com garantia provisória de emprego em agosto graças ao Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). Para cada mês de suspensão ou redução de jornada pelo programa, o trabalhador tem o mesmo período de proteção à vaga.
O programa foi relançado em abril pelo governo por mais quatro meses neste ano.
Nova metodologia
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para as empresas, o que traz diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.
Na metodologia anterior (de 1992 a 2019), o melhor resultado para junho na série sem ajustes havia sido em 2008, quando foram criadas 309.442 mil vagas no sexto mês do ano.