Economia

Em queda

Santander corta projeção de crescimento do PIB brasileiro para 1% em 2020 e não descarta recessão

Instituição trabalha com projeção de retomada da atividade econômica se vírus estiver sob controle no segundo semestre

Folhapress

O banco Santander Brasil reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira de 2% para 1% em 2020, por conta do impacto tanto da desaceleração econômica mundial quanto das paralisações internas em razão do coronavírus.

A instituição espera queda nos dois primeiros trimestres deste ano, mas trabalha com uma recuperação no segundo semestre, em um cenário em que haveria retomada da atividade a partir do controle da propagação do vírus. Se isso não se confirmar, pode haver novas revisões da projeção. 

— Existe chance de recessão — afirmou o economista do Santander Maurício Oreng.

Ele disse não utilizar o conceito de dois trimestres de queda do Produto Interno Bruto (PIB) para definir recessão, mas ter como referência os cálculos do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da FGV.

Com a retomada mais lenta da economia, o banco revisou também a expectativa de crescimento de 2021, de 2,5% para 2%.

O Santander também espera dois cortes na taxa básica de juro, dos atuais 4,25% para 3,75% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (18) e para 3,5% ao ano na reunião de maio. Também projeta a volta do dólar para R$ 4,30 até o final deste ano.

O economista afirmou que o pacote de medidas anunciado pelo Ministério da Economia nesta segunda-feira (16) foi bastante comedido, o que reflete a restrição fiscal do governo neste momento.

Ele defendeu a manutenção do teto de gastos, mas disse que o governo pode utilizar outros mecanismos (créditos extraordinários e decretação de calamidade, por exemplo) para aumentar desembolsos focados em políticas de combate ao vírus, o que poderia levar a  aumento do déficit programado para o ano de R$ 124 bilhões para R$ 140 bilhões ou mais.

— O que a gente defende é que se façam políticas públicas de combate ao vírus. Se esse processo for feito de maneira moderada, focado no combate à doença, mantendo o teto de gastos, será bastante positivo — afirmou Oreng.

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