A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 2,20% para 2,17% em 2020. Já as previsões do mercado financeiro para o crescimento dos anos seguintes — 2021, 2022 e 2023 — continuam em 2,50%. Os dados constam do boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC), que traz as projeções de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
De acordo com o boletim do BC, a cotação do dólar deve fechar o ano em R$ 4,20. Para 2021, a expectativa é que a moeda americana continue no patamar alto e encerre o ano em R$ 4,15.
As instituições financeiras consultadas pelo BC também reduziram a previsão para a inflação de 2020. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,20% para 3,19%. Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.
A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, de 4%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, segundo definiu o Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2021, a meta é 3,75% e para 2022, 3,50%.
Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 4,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic se mantenha em 4,25% ao ano até o fim de 2020. Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 5,75% ao ano. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6,5% ao ano.