O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu nesta segunda-feira (10) que o vazamento de mensagens que envolvem o ministro da Justiça, Sergio Moro, ocorreu como forma de prejudicar a tramitação da reforma da Previdência.
Em apresentação na sessão plenária do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o ministro afirmou que o episódio não é uma coincidência.
— Gravaram presidente Michel Temer, "não vai ter reforma da Previdência". Pronto, acabou. Toda hora tem uma. Uma é o Michel Temer, outra é o filho do Bolsonaro, outra é não sei o que lá, hoje é o do Moro. Só os senhores têm capacidade para examinar o mérito, mas não é coincidência que estoura essa bombinha, cada hora estoura uma, vendo se paralisa a marcha dos eventos — completou.
Neste domingo (9), o site Intercept Brasil mostrou que Moro e o procurador Deltan Dellagnol, coordenador da Lava-Jato em Curitiba, trocavam mensagens quando integravam a força-tarefa da operação.
Moro, que hoje é ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, foi o juiz responsável pela operação em Curitiba. Ele deixou a função ao aceitar o convite do presidente, em novembro, após a eleição.