BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Após a identificação na semana passada de um caso atípico de vaca louca em Mato Grosso, o governo brasileiro suspendeu as exportações de carne bovina para a China.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspensão é automática em razão de um acordo assinado entre o Brasil e o país asiático em 2015, que prevê esse tipo de medida.
A assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura afirma que a expectativa é que a suspensão seja levantada em breve, tão logo os chineses avaliem documentação já entregue às autoridades daquele país pela embaixada do Brasil em Pequim.
Na sexta-feira (31), a pasta confirmou a ocorrência, em Mato Grosso, de um caso atípico de doença da vaca louca. De acordo com o ministério, essa doença ocorre de forma "espontânea e esporádica" e não tem relação com alimentos contaminados.
"Trata-se de uma vaca de corte, com idade de 17 anos. Todo o material de risco específico para EEB [doença da vaca louca] foi removido do animal durante o abate de emergência e incinerado no próprio matadouro. Outros produtos derivados do animal foram identificados, localizados e apreendidos preventivamente, não havendo ingresso de nenhum produto na cadeia alimentar humana ou de ruminantes. Não há, portanto, risco para a população", disse o ministério em nota, na sexta-feira.
No mesmo comunicado, a pasta disse que as ações sanitárias de "mitigação de risco" foram feitas e que o Brasil notificou formalmente os países importadores de proteína animal bovina e a OIE (Organização Mundial da Saúde Animal).
O Ministério da Agricultura ressaltou ainda que o Brasil mantém a sua classificação em relação à doença, de "risco insignificante".