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Durante a recessão, além dos trabalhadores gaúchos, os imigrantes também sentiram a baixa nas oportunidades de emprego no Rio Grande do Sul. Em 2016, 645 estrangeiros conseguiram autorização para entrar no mercado formal do Estado. O número, apesar de ter sido o quarto maior do país, representa queda de 26,2% ante o ano anterior.
No Brasil, o recuo foi menor, de 22,3%, no período. Em 2016, 28.658 imigrantes obtiveram licença para trabalhar formalmente no país, conforme relatório anual do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra). Divulgado nesta quarta-feira (13), o estudo leva em conta dados de bases como a do Ministério do Trabalho.
"O fato de o país estar atravessando uma crise econômica sem precedentes, aliada à crise política, sugere que o desempenho na atração de correntes migratórias pode estar sendo afetado por esses fatores", conclui o levantamento.
Predomínio de autorizações temporárias
O estudo também mostra que a ampla maioria das autorizações concedidas a imigrantes foi para trabalhos temporários em 2016. Essa natureza respondeu por 96,6% dos registros no Rio Grande do Sul e por 95,3% no país.
Segundo o relatório, o mercado gaúcho abrigava no ano passado 11.247 estrangeiros, quase 10% dos 112.681 em atuação no Brasil. A fatia do Rio Grande do Sul foi a quarta maior do país. A liderança do ranking nacional ficou com São Paulo (41.826), seguido pelos outros dois Estados do Sul, Santa Catarina (14.073) e Paraná (13.571).
Do total de estrangeiros no mercado formal do país, 25.782 eram haitianos, o maior grupo em 2016. Portugueses (8.844) e paraguaios (7.737) apareciam na sequência.
Sinal de melhora
Apesar de o número de autorizações ter caído no ano passado, o estudo sinaliza melhora para os imigrantes em 2017. No primeiro semestre, o saldo de geração de empregos para estrangeiros no Rio Grande do Sul foi positivo, com abertura de 1.003 vagas. O resultado decorreu de 3.690 admissões e 2.687 demissões.
O país também ficou no azul, com saldo positivo de 4.704 postos de trabalho criados.