Após anunciar a revisão de sua política de preços, em 30 de junho, a Petrobras reajustou mais de 20 vezes os preços dos combustíveis. Enquanto o do diesel variou em 24 ocasiões, o da gasolina foi corrigido em 23 oportunidades. Ou seja, de lá para cá, é como se a estatal mudasse os preços, para cima ou para baixo, a cada um dia e meio.
Anunciada em outubro de 2016, a política da Petrobras tenta alinhar os valores àqueles cobrados no mercado internacional. Ao acelerar os reajustes nas refinarias, a partir de julho deste ano, a empresa estabeleceu que as correções podem ser feitas em menor espaço de tempo, inclusive diariamente, dependendo das oscilações no mercado externo. Segundo a companhia, a postura adotada inicialmente não era mais suficiente para acompanhar a volatilidade na taxa de câmbio e nas cotações de petróleo e derivados.
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Desde que a nova política de preços da Petrobras entrou em vigor, em outubro do ano passado, os valores médios cobrados por combustíveis nas refinarias foram reajustados mais de 30 vezes. Enquanto o do diesel variou em 33 ocasiões, o da gasolina foi corrigido em 31 oportunidades. As constantes mudanças nas vendas às distribuidoras, no entanto, nem sempre tiveram impacto nas bombas dos postos.
"Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de petróleo, especialmente distribuidoras e postos", comentou a estatal em nota divulgada em 2016, no anúncio da política de preços.
O reajuste mais recente, confirmado nesta sexta-feira (4), deverá entrar em vigor no sábado (5). Conforme a estatal, o preço médio do diesel cairá 1,2% nas refinarias, enquanto o da gasolina não será alterado.