Ao somarem US$ 934 milhões em fevereiro, as exportações do Rio Grande do Sul registraram crescimento de 8,7% na comparação com igual período de 2016. O grupo das commodities aumentou 17,4% (totalizando US$ 81 milhões). Se, por um lado, a soja caiu 2%, o trigo subiu 111,8%. O setor industrial embarcou US$ 846 milhões (90,6% do total exportado), incremento de 8,3%, o maior já registrado desde 2011 no mês, quando alcançou 21,3%. "Estamos apenas devolvendo uma parte dos prejuízos sofridos ao longo dos últimos meses. A demanda da Argentina mostra sinais mais consistentes de retomada, mas a taxa de câmbio segue como um desafio para o setor, em função do movimento de valorização”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor Müller, ao comentar a balança comercial, nesta terça-feira.
Das 23 categorias que registraram alguma operação de exportação em fevereiro, apenas sete caíram. Os três maiores segmentos da pauta exportadora gaúcha foram os principais destaques positivos: veículos automotores, reboques e carrocerias (64%), químicos (38,7%) e alimentos (21,5%). Nos dois primeiros casos, a Argentina exerceu influência considerável, em linha com a estabilização da atividade e perspectiva de crescimento econômico em 2017. Para o segmento alimentos, prevaleceu a majoração das vendas externas de carne de frango para a Venezuela e de carne de suíno para a Rússia. Por outro lado, tabaco (-35%) e celulose e papel (-38,9%) exerceram as principais contribuições negativas.
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Em relação às importações totais, em fevereiro elas alcançaram US$ 733 milhões, praticamente estáveis (0,2%) na comparação com igual período do ano passado. Na separação por categoria de uso, bens intermediários (15,4%) e de consumo (39,3%) puxaram o resultado para cima, mas as compras no Exterior de combustíveis e lubrificantes caíram 47%.
No acumulado do bimestre, as vendas externas do Rio Grande do Sul somaram US$ 2 bilhões, alta de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A indústria, que cresceu 14,5% no período, exportou US$ 1,75 bilhão, com destaque para o aumento de alimentos (34,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (69,9%) e químicos (13,5%). Tabaco (-29,6%) e celulose e papel (-14,1%) registraram as maiores perdas.