A Petrobras anunciou, na manhã desta sexta-feira, que aprovou uma nova política de preços de gasolina e diesel comercializados em suas refinarias. Em comunicado, a estatal comunicou a redução do preço do diesel em 2,7% e da gasolina, em 3,2%. Os novos valores entrarão em vigor a partir deste sábado.
O impacto no preço final vai depender da decisão dos redes de combustíveis e das distribuidoras. Se essa alteração for repassada integralmente, o litro da gasolina nos postos deve cair R$ 0,05, o que representa 1,4%. No preço do diesel, a queda seria de 1,8%, o que também dá R$ 0,05 por litro.
Segundo o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado na semana passada, o preço médio de venda da gasolina nos postos de Porto Alegre é de R$ 3,860. Pela projeção, cairia para R$ 3,805 a partir da próxima semana. Se repassada integralmente, a redução no custo de um tanque de 45 litros ficaria em torno de R$ 2. Já o diesel, que é vendido, em média, a R$ 2,899 na Capital, poderia ser vendido por R$ 2,846.
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É a primeira vez que os combustíveis são reduzidos nas refinarias desde 2009. Em junho daquele ano, o preço da gasolina caiu 4% e o diesel teve redução de 15%. Já em setembro de 2015, a gasolina subiu 6% e o diesel teve alta de 4%.
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras informou que "a decisão do grupo gestor levou em conta o crescente volume de importações, o que reduz a participação de mercado da Petrobras, e também a sazonalidade do mercado mundial de petróleo e derivados". A estatal destaca ainda que "futuros ajustes de preços de combustíveis serão comunicados via nota à imprensa e canais internos de comunicação aos clientes".
A política de preços segue basicamente quatro premissas: o preço de paridade internacional (PPI), que já inclui custos como frete de navios, custos internos de transporte e taxas portuárias; margem para remuneração dos riscos inerentes à operação, tais como, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços, sobreestadias em portos e lucro, além de tributos; o nível de participação no mercado; e preços nunca abaixo da paridade.
Ainda conforme a Petrobras, o valor dos combustíveis "acompanhará a tendência do mercado internacional", sendo que poderá haver manutenção, redução ou aumento nos preços praticados nas refinarias.