O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira que o resultado do PIB "traduz o desastre econômico em curso no Brasil".
Segundo dados do IBGE, o PIB registrou uma queda de 1,9% no segundo trimestre em relação ao anterior. "O país cresce menos que quase todos os países do mundo, tem uma das mais altas taxas de inflação entre as economias minimamente organizadas e pratica as maiores taxas de juros do planeta", disse, em nota.
Aécio disse que os especialistas são unânimes ao dizer que o quadro recessivo permanecerá pelo menos por dois anos consecutivos - algo que não ocorre no país há mais de 80 anos. "Quem fingiu não saber da crise, hoje finge que governa".
Segundo o tucano, as estatísticas representam o cotidiano de dificuldades que os brasileiros enfrentam em seu dia a dia, como a alta dos preços e do desemprego em ascensão, queda na renda, aumento do endividamento recorde e do número de pedidos de falência das empresas.
Para o presidente do PSDB, o pior ainda está por vir, "lamentavelmente". "O olhar equivocado da presidente, apontando uma 'travessia', infelizmente, não enxerga e reconhece o deserto de oportunidades, de perspectivas e de esperança".
O líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), disse que o resultado do PIB é um "atestado de incompetência" do governo Dilma Rousseff e demonstra que o País está sem comando. Segundo o IBGE, o PIB encolheu 1,9% no segundo trimestre, o pior resultado desde 2009.
"A recessão técnica é apenas a constatação de uma realidade que os brasileiros enfrentam há muito tempo, com redução em suas rendas e perda de seus empregos. E a única reação da presidente Dilma é dizer que não sabia da gravidade da crise e tentar arrancar cada vez mais dinheiro da sociedade. ê um governo falido, que em vez de tirar o país da crise, a agrava cada vez mais com sua inoperância e incompetência", afirmou o deputado por meio de nota.
Sampaio condenou a discussão em torno do retorno da CPMF, o antigo imposto do cheque. "É inadmissível que, numa crise sem precedentes como esta, o governo tente achacar os brasileiros forçando a cobrança de mais um imposto. Por outro lado, não há nenhuma medida efetiva para o corte de despesas do governo. Apenas anúncios imprecisos e que, considerando o vício desse governo em mentir, é preciso ver para crer se sairão do papel", afirmou.